MST pressiona governo Lula a assentar 100 mil famílias Grupo invasor alega que há uma "paralisação da reforma agrária" na gestão petista

Por Charles Manga

Redação

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma carta na sexta-feira, 24, pressionando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a assentar 100 mil famílias em todo o Brasil. O grupo invasor criticou a administração petista e contestou os dados de assentamentos divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além disso, o movimento também criticou o Congresso Nacional pela “atuação perversa em defesa do agronegócio”.

MST contesta informações do governo Lula

A carta, assinada pela coordenação nacional do MST, foi emitida depois de uma reunião de quatro dias em Belém (PA). O grupo alega que há uma “paralisação da reforma agrária” no atual governo, desafiando a eficácia de uma das principais bandeiras históricas do partido. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, liderado por Paulo Teixeira (PT), afirmou que 71,4 mil famílias foram assentadas ao longo de 2024. No entanto, o MST contesta esses números, alegando que não houve novos assentamentos criados em 2024. Segundo o movimento, das famílias que o governo considera “assentadas”, apenas 38,9 mil passaram por um processo de regularização, o que o MST não reconhece como assentamento. A carta também afirma que há “necessidade” de demarcar terras indígenas e reconhecer territórios quilombolas.

Críticas ao Congresso

O MST alega que a maioria do Congresso defende o agronegócio e faz do Poder Executivo “seu refém”, removendo e impedindo o avanço de políticas sociais. O documento também expressa solidariedade a países como Cuba e Venezuela, além da Palestina, demonstrando um alinhamento ideológico. Em janeiro, uma delegação do movimento participou da cerimônia de posse do ditador Nicolás Maduro na Venezuela. 


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