Maduro toma posse para terceiro mandato: ‘Ninguém impõe um presidente à Venezuela’

Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) em uma cerimônia solene realizada na sede da Assembleia Nacional, em Caracas. A cerimônia foi conduzida pelo presidente da Assembleia, o chavista Jorge Rodríguez, e simbolizou o desfecho de um processo eleitoral marcado pela ausência de transparência, práticas autoritárias e intensa violência contra opositores do regime.

O líder venezuelano não apresentou provas que comprovassem sua vitória nas eleições, enquanto a oposição, que conduziu uma contagem paralela das atas eleitorais, declarou como vencedor o candidato opositor Edmundo González Urrutia.

“Ninguém impõe um presidente à Venezuela”, disse Maduro em discurso. O ditador criticou a oposição e chamou o presidente da Argentina, Javier Milei, de “sádico social”. Milei é contra Maduro.

Por Daniel Louzada

As eleições presidenciais na Venezuela foram realizadas em 28 de julho de 2024, em um cenário de intensas restrições à participação da oposição, o que tornava pouco provável a realização de um pleito justo. No início do ano, as autoridades eleitorais impediram a candidatura de María Corina Machado, principal opositora de Nicolás Maduro. Edmundo González, que despontou como um candidato inesperado, foi um dos poucos que conseguiu registrar sua candidatura.

Poucos dias antes das eleições, o governo de Maduro cancelou os convites feitos a observadores internacionais, o que aumentou as dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral. Além disso, o regime impôs limitações à atuação dos fiscais da oposição.

Esses eventos geraram uma batalha de narrativas, que culminou em mortes e na prisão de centenas de pessoas. Edmundo González se exilou na Espanha, enquanto María Corina Machado permanece escondida na Venezuela. González afirmou que assumiria o cargo no país nesta sexta-feira.

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