“Aos 57 anos, descobri que sou superdotada” , diz cirurgiã plástica
Elodia Ávila também foi submetida a um exame genético que confirmou seu alto desempenho cognitivo | Foto: Divulgação
A cirurgiã plástica Elodia Ávila conta que fez teste de QI para entender melhor o funcionamento da sua mente e teve a surpresa
Por Charles Manga
Desenvolvimento intelectual acima da média e elevado grau de criatividade são características da superdotação, condição que faz parte da vida da cirurgiã plástica Elodia Ávila, de 60 anos. Aceita na restrita ePiq Society, uma sociedade internacional que reúne pessoas inteligentes, ela só entendeu que tinha o quadro na fase adulta. “Descobri que era superdotada aos 57 anos. Foi uma surpresa”, armou a médica, que tem um QI de 141 pontos. Ela explicou que o diagnóstico surgiu por um acaso. “Uma amiga minha neurocirurgiã me falou de um teste de cognição mental superespecífico que ela havia feito recentemente e que avaliava as capacitações específicas de várias áreas cerebrais, e as limitações”, contou.
“Fiz o teste para entender melhor o funcionamento da minha mente e saber quais seriam as minhas limitações, com a intenção de aprimorar o que precisasse”. Além de realizar o teste de QI supervisionado e cientificamente comprovado, Elodia também foi submetida a um exame genético do projeto GIP (Genetic Intelligence Project), que confirmou seu alto desempenho cognitivo. Assim como Elodia, o psiquiatra João Paulo Cirqueira afirmou que é mais comum do que se imagina a descoberta da superdotação na fase adulta.
“Muitas pessoas chegam ao diagnóstico de superdotação na idade adulta porque não foram identificadas durante a infância. Isso ocorre por diferentes razões, como a falta de programas de identificação nas escolas, estereótipos que limitam o conceito de superdotação e até mesmo estratégias de camuflagem adotadas para se ajustar socialmente”. E as características da superdotação na infância são diferentes de quando a pessoa fica adulta? A neuropsicopedagoga Thaís Cruz explicou. “Podem variar de acordo com o contexto, mas há traços comuns que podem ser observados na infância e, muitas vezes, continuam ou se manifestam de maneiras diferentes na vida adulta que podem mudar em termos de expressão e intensidade”, afirmou.
“No entanto, a forma como são vivenciadas tende a evoluir. Essas características podem ser agrupadas em três áreas principais: intelectual, emocional e comportamental”, completou.