Após derrota nas eleições do Parlamento Europeu, Macron dissolve parlamento e convoca novas eleições na França
Postado 09/06/2024 18H13
O presidente francês fez anúncio após derrota de seu partido nas eleições para o partido de Marine Le Pen, política populista de extrema direita. Além de Macron, os social-democratas do chanceler alemão Olaf Scholz ficaram em terceiro lugar atrás do partido da extrema direita. O presidente da França Emanuel Macron,, dissolveu o parlamento francês, neste domimgo (9), e convocou novas eleições.
Após derrota do seu partido (REM) nas eleições do parlamento Europru para o partido (RN) de Marine Le Pen,politica populista de extrema direita. Macron disse que a ascensão de nacionalistas é um perigo para a Europa. "O resultado das eleições da União Europeia não é bom resultado para o meu governo", afirmou o presidente. “Decidi devolver-vos a escolha do nosso futuro parlamentar através da votação. Estou, portanto, dissolvendo a Assembleia Nacional.” A decisão do presidente francês acontece em meio à divulgação dos primeiros resultados das eleições parlamentares da União Europeia. Institutos de pesquisa franceses projetam o partido de extrema direita RN ( Reunião Nacional) a frente dos demais. Liderado pelo ultradireitista Jordan Bardella, o Reunião Nacional obteve cerca de 32% dos votos na eleição deste domingo, mais que o dobro dos 15% da chapa de Macron, de acordo com as primeiras pesquisas apuradas pela agência de notícias Reuters. De acordo com a Reuters, os eleitores dos 27 países da União Europeia elegeram 720 legisladores para o Parlamento Europeu para os próximos cinco anos neste domingo.
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As propostas políticas de Le Pen sobre imigração e a ideia de priorizar casas e empregos para cidadãos franceses ainda são considerados projetos da direita radical, mas a mulher que lidera o renovado partido transmite uma imagem moderada e acessível de populismo. "Sim, sou uma criadora de gatos profissional e uma agricultora", disse ela à emissora France Inter em janeiro. Le Pen tem seis gatos e eles aparecem em seus vídeos do TikTok e até em uma conta privada especial que ela mantém no Instagram. Quando a cientista política Chloé Morin perguntou a um painel de eleitores na cidade de Lille no ano passado qual era a imagem que Le Pen transmitia, foram os gatos que se destacaram. Afinal, quem não confiaria em uma mulher fã de felinos? Ela pode parecer mais moderada, mas as políticas que adota não são menos radicais em temas como imigração, nacionalidade e islamismo. Emanuel Macron, atual presidente e adversário nas eleições de segundo turno, diz que o programa de governo dela é racista. James Shields, professor de estudos franceses da Universidade de Warwick, no Reino Unido, entende que as referências racistas e antissemitas ficaram para trás, mas as velhas medidas de lei e ordem anti-imigrantes e autoritárias do antigo partido do pai de Le Pen permanecem praticamente inalteradas.
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