Em meio a tragédia no Sul, CCJ da Câmara aprova projetos para prevenção de desastres
Postado 09/05/2024 06H49
Por Charles Manga
Congresso Nacional se mobiliza para debater projetos que possam auxiliar na precaução de catástrofes climáticas em meio às chuvas no Rio Grande do Sul A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (8), dois projetos de lei voltados à prevenção de catástrofes climáticas. A análise dos itens ocorre em meio ao desastre ambiental no Rio Grande do Sul, que já deixou 100 mortos no estado. Um dos projetos aprovados nesta quarta é o PL 1450/15, de autoria do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e relatoria de Pedro Aihara (Patriota-MG). O texto propõe a criação do Sistema Nacional de Informações e Monitoramento de Desastres (Sinide) para emitir alertas antecipados de desastres no Brasil. A matéria prevê que o Sinide ofereça informações atualizadas para prevenção, alerta, resposta e recuperação em situações de desastre em todo o território nacional.O banco de dados será mantido pela União e provido pelo Executivo nacional e pelas unidades federativas.Por ser apreciado de forma conclusiva, o texto poderá ser encaminhado diretamente ao Senado, sem passar pelo plenário da Câmara. Estelionato e falsidade ideológica. A comissão também aprovou o PL 965/19, que altera o Código Penal para aumentar de um a dois terços a pena do estelionato cometido para se beneficiar financeiramente do estado de calamidade pública. O texto é de autoria de Célio Studart (PV-CE) e teve relatoria do deputado Gilson Daniel (Podemos-ES).
Além disso, a proposta aumenta em um terço a pena para quem se aproveitar do estado de calamidade publica para cometer o crime de falsidade ideológica. Durante a discussão do texto, deputados mencionaram os saques e furtos que acontecem no Rio Grande do Sul em meio à mobilização para o resgate de pessoas desaparecidas e ilhadas. “Ao chegar, roubam as pessoas que já não têm quase nada. Outros que roubam nas embarcações que estão indo ao socorro daquelas pessoas. É uma medida mais do que necessária e vai, pelo menos em tese na Lei Penal, coibir este tipo de atividade”.
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