Investigação da PF não aponta indícios de crimes contra Assumção, Von, Pitangui, Jackson, Armandinho e Fabiano: Revelação evidencia inocência e possível perseguição judicial
Por Alan Fardin - Supervisão de texto Charles Manga
A Polícia Federal finalizou a avaliação dos dispositivos eletrônicos e materiais confiscados durante operações relacionadas ao vereador Armandinho Fontoura, ao jornalista Jackson Rangel, ao pastor Fabiano Oliveira e ao radialista Max Pitangui Segundo a PF, não foram encontrados indícios que os vinculem aos crimes em investigação.
Armandinho e Jackson foram detidos preventivamente em dezembro de 2022, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob suspeita de participação em atividades ilícitas, como suposta formação de milícia digital, ataques contra membros do STF — especialmente Moraes — e ameaças às instituições democráticas. Fabiano, que estava abrigado próximo ao 38º Batalhão de Infantaria em Vila Velha, foi preso dias depois. Já o mandado de prisão contra Max foi cumprido em setembro do ano seguinte, pois estava asilado no Paraguai, em uma decisão legal do governo local que reconheceu perseguição política no Brasil. Todos os quatro foram libertados, também por determinação de Moraes, em dezembro de 2023, um ano após as detenções, sem terem sido ouvidos.
É importante destacar que o Ministério Público Federal (MPF) se posicionou contra as prisões, pois, além de não encontrar evidências materiais que justificassem as detenções, identificou irregularidades na origem da denúncia apresentada pelo MP Estadual, considerando que este não tinha competência para representar diretamente junto ao STF.
Além disso, os investigadores analisaram minuciosamente os dispositivos eletrônicos e as contas armazenadas na nuvem do deputado estadual Capitão Assumção (PL) e do ex-deputado Carlos Von, ambos alvos de mandados de busca e apreensão simultaneamente às prisões já mencionadas. Apesar disso, não foram encontradas evidências de atividades ilícitas. No entanto, recentemente, Assumção foi detido e permaneceu sob custódia no Quartel de Maruipe. Essa prisão ocorreu após uma nova intervenção do Ministério Público Estadual, que o acusou de violar os procedimentos estabelecidos pela Suprema Corte. Alegou-se que, por determinação do STF, o representante eleito pelo povo não poderia mais se comunicar diretamente com seus eleitores através das redes sociais.
Diante da discordância expressa pela PF e pelo MPF em relação às prisões e limitações impostas, é aguardado que os envolvidos possam retomar suas vidas comuns, seguindo as normas legais como qualquer outro cidadão. Essa expectativa se alinha à necessidade de responsabilizar aqueles que, sem provas substanciais, detiveram ou restringiram ilegalmente os direitos dos acusados.